18 de set. de 2009

Cinematográfico

Talvez até haja um certo exagero com relação á expectativa criada em cima de Flash Forward, porém na minha cabeça, cada gota de ansiedade realmente valeu a pena e eu digo o porquê.

Acho que foi proposital aquele início lostiano. Quando Mark (Jack) levanta-se do carro e olha ao seu redor o caos estabelecido. De repente, um link para que conscientemente interconectassem todos os fãs de Lost ao redor do mundo, numa só atenção.

Outro ponto a favor da série é a inteligência ao lidar com as imagens, diga-se de passagem, muito bem feitas. A sensação é que planeta está passando pelo juízo final e que todos nós somos (infelizmente) parte disso, pelo menos por 2 minutos e 17 segundos.

A presença de Olivia (Penny), personagem de Sonya Walger dá uma ENORME tranquilidade ás cenas, uma vez que se trata de uma excelente atriz e conduz tudo com uma enorme naturalidade. Acredito que nem Joseph Fiennes (Mark) tenha ainda a precisão do seu personagem. Achei-o perdido na responsabilidade de criar uma personagem que seja marcante e com identidade... Espero que com o tempo, ache o timming.

A edição ficou empolgante e uma piscada faz o espectador perder o que está quase subliminar... Os problemas de alcoolismo de Mark são tratados de forma muito sinuosa e porque não dizer, respeitosa.

Outros destaques interessantes ficam por conta do elenco que parece ser bem resolvido, com a presença de Courtney B. Vance, como Stanford Wedeck, diretor do FBI em Los Angeles e também de Brian F. O´Byrne, interpretando o sensível Aaron Stark, já merecendo elogios por uma interpretação serena que não envolve pieguismo.

Alguns aspectos negativos podem ser corrigidos como o "batismo" do "nada" dado ao momento de 2:17 como FlashForward, parecendo a coisa mais natural do mundo, parar por um tempo e ser levado ao futuro... De uma hora para outra, as personagens já se referiam áquele momento com o nome da série, como se tivesse sido convencionado.

E, embora a influência seja das melhores, será melhor ainda se FF andar com as próprias pernas sem que se pareça com Lost ou com Fringe. Porque pode correr o risco de virar uma cópia mal feita (tenho certeza que isso não acontecerá) ou mesmo perder a noção do roteiro, levando a história a lugares completamente escabrosos e insanos. Gosto sempre de lembrar de exemplos que mostram muito bem como boas histórias podem acabar logo na primeira temporada, caso de Eleventh Hour, que chegou com status de super série.

No mais, é aguardar o episódio "real" (o que vazou tem qualidade sofrível) e esperar se haverá modificações na edição ou mesmo em algumas cenas.

FF tem tudo para ser uma das séries mais intrigantes da TV conquistando fãs ao redor do mundo... Igual a quem mesmo?

Leia aqui, uma matéria interessante feita pelo pessoal do Dark Side.

Um comentário:

Larissa de Souza disse...

hahaah .... realmente. FF tem tudo pra ser igual a Lost. Mas será que eles conseguirão essa façanha ?

pode ser q sim, mas cá pra nós, alcançar a fama de Lost, não é pra qualquer um.

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